10 fevereiro 2017

O SANTO ROSÁRIO E AS 15 PROMESSAS





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MÊS DE OUTUBRO
Extraído do número 09 - 2007

As quinze promessas do santo Rosário


Em 1475, o frade dominicano Alano de la Roche decidia passar para o papel os eventos miraculosos de que fora protagonista alguns anos antes: particularmente, as promessas que Nossa Senhora fez “a todos os que rezarem meu Rosário com devoção”


de Pina Baglioni




Caravaggio, Nossa Senhora do Rosário (detalhe), Viena, Kunsthistorisches Museum

“Alguém que rezava o Saltério da Virgem Maria foi assaltado, durante sete longos anos, por espantosas tentações dos demônios, às vezes em seus sentimentos, às vezes fisicamente. E, por todo esse tempo, quase não teve consolação, a mínima que fosse. Por misericórdia de Deus, apareceu-lhe enfim a Rainha da Clemência, que, acompanhada por alguns santos, visitando-o de quando em quando e derrotando ela mesma a tentação, libertou-o do perigo [...] e lhe confiou a tarefa de pregar este Rosário.” No início do ano de 1475, o frade dominicano Alano de la Roche decidia passar para o papel os eventos miraculosos dos quais havia sido protagonista alguns anos antes. Naquele momento, encontrava-se em Lille, onde participava, como professor de Teologia, do capítulo da Congregação Reformada da Holanda.

Decidiu escrever seu memorial bem em tempo. A 8 de setembro daquele mesmo ano, o frade dominicano morreria em odor de santidade, no convento de Zwolle, na Holanda, aos 47 anos, entregando ao povo cristão um tesouro de inestimável valor, recebido diretamente da Virgem Maria durante uma de suas aparições: quinze promessas “a todos os que rezarem meu Rosário com devoção”.

Mas quem era Alano de la Roche, para ser alvo de tanto afeto e predileção? Um nome que provavelmente só os historiadores da Ordem Dominicana conhecem. Nascido na Bretanha (França) em 1428, foi acolhido entre os seguidores de São Domingos no mosteiro de Dinan, diocese de Saint-Malo. Ali, muito jovem, fez a profissão religiosa, para mais tarde transferir-se para o convento de Lille. Depois dos estudos de filosofia e teologia no Colégio São Tiago, de Paris, recebeu do capítulo geral da Ordem, em 1459, a tarefa de lecionar durante o ano escolar de 1460-1461. Nesse meio tempo, durante uma visita a Lille, em 1460, foi nomeado membro da Congregação Reformada da Holanda, para tentar levar os conventos de volta à regra de observância.



“Quando Santa Maria o salvou”

Naqueles anos cheios de afazeres, a fama de grande teólogo se espalhou por toda a Ordem. Mas se espalhou ainda mais a fama ligada a sua extraordinária devoção a Nossa Senhora. “O mencionado padre [...] havia muito tempo costumava oferecer o Rosário de Maria, numa assídua devoção diária a Deus, por intermédio da advogada Maria, Mãe de Deus”, escreve Alano, falando dele mesmo em terceira pessoa. Portanto, levava “uma vida segura com Deus na Ordem de sua vocação”. Esse estado de graça, infelizmente, não durou muito. Alano conta que, a partir de 1457, “foi muito afligido por uma doença enorme e importuna, por outras tentações e em combates muito cruéis, que teve de travar”. “Deus assim permitindo (uma vez que só Ele podia livrá-lo da tentação: coisa que a Igreja conhece por experiência, e também hoje sofre), eis que foi tentado muito cruelmente pelo diabo por sete anos inteiros, foi açoitado e duramente chicoteado”.

A vida do religioso se transformara num verdadeiro calvário. A tal ponto que, num dia não especificado do ano de 1464, quando vivia no convento da cidadela francesa de Douai, como professor, chegou a decidir acabar com a própria vida. “Certo dia, passava por um lúcido desespero da alma, na igreja de sua Sagrada Ordem”, escreve Alano. “Em verdade – Deus tenha piedade de nós! –, tendo a mão estendida do tentado retirado a faca, dobrou ele o braço e desferiu contra o pescoço com a lâmina afiada um golpe tão decidido e certeiro, para matar, que teria, sem sombra de dúvida, cortado o pescoço”. Mas, no momento em que tudo já parecia comprometido, alguma coisa aconteceu, de repente. “Sim, aproximou-se, com extrema misericórdia, a salvadora Maria, e, com um gesto decidido em seu socorro, segurou seu braço, não lhe permitindo continuar, deu uma bofetada no desesperado e lhe disse: ‘Que estás fazendo, infeliz? Se tivesses pedido minha ajuda, como fizeste outras vezes, não terias incorrido em perigo tão grande’. Tendo dito isso, desapareceu, e o infeliz ficou sozinho”.



As quinze promessas

Depois daquela primeira aparição, as coisas não mudaram nem um pouco. Aliás, pioraram: as tentações voltaram a se apresentar com tamanha insistência, que fizeram amadurecer nele a idéia de abandonar a vida religiosa. Como se não bastasse, adoecera também gravemente, a ponto de convencer seus confrades a lhe darem a extrema unção. Mas, uma noite, quando “jazia miseravelmente em ardentíssimos gemidos”, pôs-se a invocar a Virgem Maria. E pela segunda vez ela o visitou. Uma luz ofuscante, “entre a décima e a undécima hora”, iluminou sua cela e “apareceu, majestosa, a Beatíssima Virgem Maria, que o saudou com extrema ternura”. Como verdadeira mãe, Nossa Senhora curvou-se para tratar das enfermidades do pobre homem. Dependurou-lhe ao pescoço uma corrente feita de seus cabelos, da qual pendiam cento e cinqüenta pedras preciosas, entremeadas por outras quinze, “segundo o número de seu Rosário”, anota o frade. Maria travou um pacto não apenas com ele, mas que se estendia, “de modo espiritual e invisível, àqueles que rezam seu Rosário com devoção”.

Nesse momento, Nossa Senhora lhe disse: “Exulta, portanto, e alegra-te, ó esposo, pois me fizeste exultar muitas vezes, tantas quantas me saudou com meu Rosário. No entanto, enquanto eu estava feliz, tu muitas vezes estavas angustiado [...]; mas por quê? Eu estabelecera dar-te coisas doces, por isso, por muitos anos, levava-te coisas amargas. [...] Vamos, exulta agora”.

E assim se deu: após sete anos de inferno, começava para Alano uma outra vida. “Quando rezava o Rosário de Maria, ficava particularmente iluminado, tomado de uma letícia admirável, unida a uma inexplicável alegria.” Um dia, justamente quando estava rezando, a Virgem, outra vez, “dignou-se fazer-lhe muitas e brevíssimas revelações”, anota. “Aqui estão elas, e estas palavras são da Mãe de Deus:



1. A todos os que rezarem meu Rosário com devoção, prometo minha proteção especial e grandíssimas graças.

2. Aquele que perseverar na oração de meu Rosário receberá uma graça insigne.

3. O Rosário será uma defesa poderosíssima contra o inferno; destruirá os vícios, libertará do pecado, dissipará as heresias.

4. O Rosário fará florescerem as virtudes e as boas obras, e obterá para as almas a mais abundante misericórdia divina; fará que nos corações o amor ao mundo seja substituído pelo amor a Deus, elevando-os ao desejo dos bens celestes e eternos. Quantas almas se santificarão com esse meio!

5. Quem se confia a mim por meio do Rosário não perecerá.

6. Quem rezar meu Rosário com devoção, meditando seus mistérios, não será oprimido pela desgraça. Pecador, se converterá; justo, crescerá em graças e se tornará digno da vida eterna.

7. Os verdadeiros devotos de meu Rosário não morrerão sem os Sacramentos da Igreja.

8. Aqueles que rezam meu Rosário encontrarão durante sua vida e em sua morte a luz de Deus e a plenitude de suas graças, e participarão dos méritos dos bem-aventurados.

9. Libertarei muito prontamente do purgatório as almas devotadas a meu Rosário.

10. Os verdadeiros filhos de meu Rosário gozarão de uma grande glória no céu.

11. O que pedirem por meio de meu Rosário, obterão.

12. Aqueles que defenderem meu Rosário serão socorridos por mim em todas as suas necessidades.

13. Obtive de meu Filho que todos os membros da Irmandade do Rosário tenham por irmãos, durante a vida e na hora da morte, os santos do céu.

14. Aqueles que rezarem fielmente meu Rosário serão todos meus filhos amantíssimos, irmãos e irmãs de Jesus Cristo.

15. A devoção a meu Rosário é um grande sinal de predestinação”.



Depois de “entregar” as quinze promessas, a Virgem se despediu, pedindo a Alano um gesto de obediência: “Prega as coisas que viste e ouviste. Não tenhas nenhum receio: eu estou contigo; eu te ajudarei e a todos os meus salmodiantes. Castigarei aqueles que se opuserem a ti”.

E Alano obedeceu prontamente: do biênio 1464-1465, período das aparições, até sua morte, o dominicano não faria mais nada a não ser defender, por meio da pregação, a amada devoção mariana, e instituir as Irmandades relacionadas com ela. Chegou mesmo a convencer, em 1474, o capítulo dos dominicanos da Holanda a prescrever, pela primeira vez, o Rosário como oração a ser rezada pelas intenções dos vivos e dos mortos. Também nesse ano, em Frankfurt, na igreja dos dominicanos, era erigido o primeiro altar para uma Irmandade do Rosário.

Enquanto isso, no último ano de sua vida, 1475, Alano pôs-se a escrever a Apologia do Rosário de Maria, dirigida a um tal Ferrico, bispo de Tournai, a fim de contar tudo o que lhe havia acontecido onze anos antes. Antes de voltar a Rostock, para reiniciar o ano letivo, parou em Zwolle, onde, em 15 de agosto, festa da Assunção de Maria Santíssima, adoeceu gravemente.

Cercado pelos confrades, que havia tempo já o consideravam beato, morreu na vigília da festa da Natividade da Bem-Aventurada Virgem Maria, celebrada a 8 de setembro.

O VALOR DO ROSÁRIO

1- introdução


Santo Rosário arma eficaz contra a tristeza e o desânimo.jpg
(Veja como rezar o rosário logo após este artigo)

O ROSÁRIO: ARMA EFICAZ CONTRA A TRISTEZA E O DESÂNIMO

Buenos Aires - Argentina (Quinta-feira, 05-05-2016, Gaudium Press) Um convite para difundir a oração do Santo Rosário nas famílias é que fez o Padre Dante De Sanzzi, diretor das Obras Missionárias Pontifícias (OMP) da Argentina, por ocasião do mês dedicado à Mãe de Deus.Santo Rosário arma eficaz contra a tristeza e o desânimo.jpg

Através de uma mensagem dada a conhecer a partir do website das OMP do país austral, o sacerdote refletiu sobre a intenção missionária pela qual o Pontífice pediu que se ore de maneira especial durante o mês de maio.

"Neste novo mês, o Santo Padre pede às famílias, comunidades e grupos 'a prática de rezar o Santo Rosário pela evangelização e a paz'. Sem dúvidas que o Papa Francisco coloca em meio da cena a figura maternal de Maria. Pedindo a oração do Rosário em todos os ambientes, automaticamente se coloca a Virgem Missionária como centro da evangelização", escreve o sacerdote.

O Padre De Sanzzi também chama a colocar o olhar em Maria, que anima o anúncio do Evangelho: "Sentir a presença da mulher que levou em seu seio o Salvador, nos deve animar na tarefa de anunciar a Nova Notícia aos que estão desanimados ou distanciados".

Um trabalho que por sua vez convoca a dar a conhecer a devoção do Santo Rosário: oração mariana por excelência. "Difundir a devoção do Rosário é nossa missão. Muitas vezes escutamos que se deixa de lado esta devoção por 'tédio' ou 'falta de tempo'; é não deixar a possibilidade que atue a graça de Deus, da mesma maneira que atuou em Maria", sublinha o diretor das OMP Argentina.

"Peçamos a tão grande intercessora, a Mãe de Deus, que nos guie no caminho diário. Um caminho árduo e sinuoso. Rezemos por nossas famílias, os jovens vencidos pelos vícios, as pessoas sem trabalho, as crianças abandonadas (...) Deixemos que nos toque o coração e que o Rosário seja a arma eficaz contra a tristeza e a indiferença", conclui o sacerdote.

Rosário Missionário

O Rosário Missionário é uma das maneiras de orar para pedir pelas necessidades e intenções do mundo inteiro. Assim o pediu São João Paulo II na Carta Encíclica 'Redemptoris Missio', sobre a permanência e validade do mandato missionário: "Entre as formas de participação, o primeiro lugar corresponde à cooperação espiritual: oração, sacrifícios, testemunho de vida cristã. A oração deve acompanhar o caminho dos missionários, para que o anúncio da Palavra resulte eficaz por meio da graça divina".

Eta forma de orar, com a mediação da Virgem Maria, se faz de maneira tradicional rezando o Rosário, mas oferecendo cada um dos cinco mistérios pelas necessidades e intenções dos cinco continentes.

O Rosário Missionário foi idealizado por Dom Fulton Sheen em meados do século passado. O Bispo norte-americano apresentou um guia prático para orar pelos missionários e as missões ao redor do mundo. (GPE/EPC)



Modo de rezar

Leia o título do mistério, reze 1 Pai-nosso, 10 vezes a Ave-Maria e 1 Glória ao Pai, e passe para o mistério seguinte. Para terminar o terço, reze a Salve-Rainha, depois 1 Pai-nosso, 1 Ave-Maria(ou 3, como é costume em muitos lugares) e 1 Glória ao Pai pelo Papa e pelas necessidades da Igreja, na intenção de receber as indulgências anexas ao terço, e termine rezando o Creio. Após cada mistério, reze esta oração ensinada pela Virgem Maria, em Fátima:

Ó MEU JESUS, PERDOAI-NOS E LIVRAI-NOS DO FOGO DO INFERNO, LEVAI AS ALMAS TODAS PARA O CÉU E SOCORREI PRINCIPALMENTE AS QUE MAIS PRECISAREM DE VOSSA INFINITA MISERICÓRDIA. AMÉM.


MISTÉRIOS GOZOSOS: segundas e sábados.


1 – No primeiro mistério gozoso contemplamos a anunciação do Anjo a N. Senhora, dizendo-lhe que ela ia ser a Mãe de Jesus, Deus-homem verdadeiro.


2 – No segundo mistério gozoso contemplamos a visita de N. Senhora à sua prima Santa Isabel.


3 – No terceiro mistério gozoso contemplamos o nascimento de Jesus numa gruta de Belém


4 – No quarto mistério gozoso contemplamos a apresentação de Jesus no templo e a purificação ritual de N. Senhora.


5 – No quinto mistério gozoso contemplamos a perda e o encontro de Jesus no templo.


MISTÉRIOS DOLOROSOS: terças e sextas-feiras


1 – No primeiro mistério doloroso contemplamos a agonia de Jesus no Horto das Oliveiras.


2 – No segundo mistério doloroso contemplamos a flagelação de Jesus.


3 – No terceiro mistério doloroso contemplamos como Jesus foi coroado de espinhos.


4 – No quarto mistério doloroso contemplamos como Jesus subiu o calvário levando a pesada cruz


5 – No quinto mistério doloroso contemplamos a crucifixão e morte de Jesus no Calvário, entre dois ladrões.



MISTÉRIOS GLORIOSOS: quartas e domingos.



1 – No primeiro mistério glorioso contemplamos a ressurreição de Jesus.


2 – No segundo mistério glorioso contemplamos a ascensão de Jesus.


3 – No terceiro mistério glorioso contemplamos a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos acompanhados da Virgem Maria e aos demais discípulos.


4 – No quarto mistério glorioso contemplamos a assunção de Maria ao Céu.


5 – No quinto mistério glorioso contemplamos a coroação de Maria no Céu, como Rainha.



MISTÉRIOS LUMINOSOS: quintas feiras


1 – No primeiro mistério luminoso contemplamos o batismo de Jesus


2 – No segundo mistério luminoso contemplamos como nas Bodas de Caná Jesus muda a água em vinho pela intercessão de Maria.


3 – No terceiro mistério luminoso contemplamos como Jesus anuncia o seu Reino, pela pregação e pelos milagres


4 – No quarto mistério luminoso contemplamos como Jesus se transfigura no Monte Tabor


5 – No quinto mistério luminoso contemplamos como Jesus instituiu a Eucaristia, na Santa Ceia.